Boa tarde. Os dias nublados e chuvosos continuam em São Paulo. Claro, sem falar do frio. Estou sem a minha rotina de treinos a quase um mês e quando passo pelas ruas da cidade, sinto uma tremenda falta de passar por ali correndo às 5 da manhã. Sinto falta de passar pelas pessoas, deixando para trás seus olhares e pensamentos. Sinto falta de correr.
Ontem, perdi meu celular. Deve ter caído dentro do ônibus e isso me deixou chateado. Mas foi bom também, porque me fez pensar no que isso me importa. O que me importa ? Por mais importante que seja, é só um objeto que Graças à Deus pode ser substituído. Que se dane.
Não é como as lembranças, muito menos como a saudade ou a alegria desses momentos únicos, que sobrevivem mesmo com a ação do tempo e da vida. Vivemos nos preocupando com dinheiro, bens materiais e coisas do tipo e sempre ou quase sempre, deixamos de notar o quanto vale o que carregamos do passado.
Minha mãe costuma me dizer, que a felicidade está nas lembranças. Eu concordo. Antes eu pensava que isso era errado, porque era se apegar à coisas que já passaram. Mas hoje eu entendo o que isso significa. Significa que as coisas que vivemos hoje, nunca serão esquecidas e apagadas, que até um momento triste, será motivo de alegria um dia, simplesmente porque ele será parte do passado. Nada se perde e as lembranças vivem para sempre, amigos, filhos, pais, músicas, lugares, momentos... Tudo sempre estará vivo. Então, o que é um celular ?
Tem dias, nublados e chuvosos como o de hoje, em que você simplesmente vai lembrando de tudo e de todos. Mas uma hora dessas, o sol volta e então, é hora de guardar as lembranças e sair para algum lugar. Fazer valer a luz e construir novas lembranças para amanhã.
Segunda-feira volto definitivamente à minha rotina de treino, com sol ou ainda só com sua lembrança talvez (depende das frentes frias), mas quer saber, que se dane.
Sunlight Heaven from Giugesco on Vimeo.